Em pleno coração do Alto Minho deve o seu topónimo à “barca” que fazia a ligação entre as duas margens do Rio Lima, muitas vezes peregrinos a caminho de Santiago de Compostela, sendo a “ponte” construída em meados do séc. XIV que lhe vai dar o nome de S. João de Ponte da Barca (1450).
Terra rica, fidalga, de feição arejada, as Terras da Nóbrega viram nascer junto ao bucólico Lima os irmãos Bernardes, Diogo e Agostinho, poetas da paisagem, das fontes e da saudade. Mas Ponte da Barca, é também vila morena, de granito talhada, cheia de construções apalaçadas com capelas e muros fronteiros, ameados e brasonados dos séc. XVI e XVII, os Paços do Concelho, o Pelourinho, o abrigo porticado, a Matriz dedicada a S. João Baptista com risco de Vilalobos. E ao lado de todo este espólio histórico-monumental, em plena harmonia de linhas e cérceas, uma vila nova a cheirar a progresso, uma Ponte da Barca atrativa e moderna.
Ponte da Barca é um concelho de contrastes: em primeiro plano, à esquerda a albufeira do Alto Lindoso (maior da Península), encontrando-se ao lado, o velho castelo roqueiro afonsino reconstruído por D. Dinis, em 1278, com baluartes e torre de menagem; os famosos espigueiros cobertos com lajes de granito; a Ermida, alminhas e cruzeiros. Depois, a igreja do antigo mosteiro de Bravães, um dos mais significativos monumentos do românico do Alto Minho.
É de registar o pórtico principal voltado a ocidente com cinco arquivoltas recheadas de motivos figurativos e geométricos e na porta lateral, o místico cordeiro. Ponte da Barca turística, com as suas pesqueiras no Rio Lima (pesca da lampreia), possui ainda coutos de caça, desportos náuticos, praia fluvial, um bom equipamento de restauração e de animação hoteleira, artesanato, folclore e uma gastronomia de requinte: o presunto e a boroa de milho, as papas de sarrabulho, a chanfana de cabra à moda de Germil, a lampreia, o cabrito dos montados de Boivães e aquele branco colheita selecionada, ou os famosos vinhos branco e tinto, da Adega Cooperativa, acompanhado sempre por um saber receber como ninguém, fazem de Ponte da Barca uma terra de eleição.
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